quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Oficina Como Escrever Livros

Há anos oriento a oficina "Como Escrever e Publicar um Livro" no Solar do Rosário, em Curitiba, e tive a oportunidade de observar o interesse crescente das pessoas - muitos querem escrever e publicar  livros. Alguns sonham com o mundo literário, mas outros querem somente passar suas ideias, pensamentos e emoções para os leitores. É esse sentimento de "ser mais ser" do qual já falava o filósofo grego Platão.

Nas palavras da escritora Lygia Fagundes Telles: "O escritor escreve, tentando recompor, quem sabe, um mundo perdido, os amores perdidos, a casa perdida, o paraíso perdido. Nesse paraíso perdido está a infância."

A premiada escritora espanhola Rosa Montero em "A Louca da casa" esclarece: " Sempre pensei que a narrativa é a arte primordial dos seres humanos. Para ser, temos que nos narrar, e nessa conversa sobre nós mesmos há muitíssima conversa fiada: nós nos mentimos, nos imaginamos, nos enganamos..."

Entendemos o fato de escrever como a arte de revelar um mundo imaginário. O autor está sempre presente na sua obra, ainda que não seja de forma direta, mas suas percepções estão inseridas na construção de personagens.

Esses interessantes assuntos farão parte do curso COMO ESCREVER E PUBLICAR UM LIVRO, que ministrarei a partir de 06 de fevereiro de 2014, durante 4 meses, 5º feiras,  das 17h00 às 19h00, no Solar do Rosário, fone (41) 3225-6232.

Isabel Furini - e-mail: isabelfurini@hotmail.com



segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013 - além da Planície Proibida


É meu desejo que em 2013 possamos entender a natureza dos obstáculos e superá-los.  Ir além da PLANÍCIE PROIBIDA – reencontrar a Alegria e o Amor que os inimigos ocultos (esses disfarçados de amigos)  insistem em apagar de nossas almas.
Quadro "Além da planície proibida" de Carlos Zemek. Ver: http://www.cazemek.blogspot.com.br/


Ter confiança e coragem para tomar decisões e realizá-las.
Ter firmeza para dizer "não" quando essa palavra é necessária.

Diante de qualquer entrave pensar : "Essa é uma luta para quebrar brinquedo, não é parte da grande preparação”.

E neste mundo de brinquedos, de jogos, de falsidade, de vaidade, no qual parece fundamental mostrar que somos felizes, sempre felizes, de dia e de noite, como se o mundo fosse um parque de diversões e os seres humanos deuses imortais, sempre alegres, sorridentes, sem perguntas e sem respostas, (bonecos alegres e indiferentes ao sofrimento do mundo), vamos ler essa bela página da Bíblia:
TEMPO PARA TUDO 
Tudo neste mundo tem seu tempo;
cada coisa tem sua ocasião.

Há um tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir;

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar:
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar;

Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar
tempo de guerra e tempo de paz.
Eclesiaste 3, 1-8

FELIZ 2013

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Poema Pranto para os Guarani Kaiowás



Este povo precisa de nosso apoio, vamos assinar e compartilhar essa mensagem para que possamos atingir, mobilizar e sensibilizar o máximo de pessoas. 

LINK PARA ASSINAR A PETIÇÃO:http://www.avaaz.org/po/petition/Salvemos_os_indios_GuaraniKaiowa_URGENTE/?ceqKDdb

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quadro de Paulo Dias - Miniconto de Mauro Blumenthal Silka


Eram observados pela menina, sua filha, e pelo avô, pai da mulher. O casal discutia na rua em frente à sua casa. O tom ainda era educado, mas notava-se a presença da indignação no gesticular de ambos.
- “ Então, porque eu não posso?” , perguntou a mulher com um certo rasgo de ironia.
- “Dai-me incensos! Sempre a mesma tecla! Estou cansado de repetir.”, disse o marido, olhando para Deus.
O sogro, neste momento cruzou os braços. Continuava observando a conversa repetida e cansativa. Enquanto! a filha, que torcia pela mãe, olhava do alto da sacada e pequeno teatro familiar.
- “Você não pode, pela última vez, por você é mulher! Vê se entende isto!, falou o homem pausadamente, esboçando uma quase desistência ao diálogo.
“ Eu vou, de qualquer maneira, a partir de hoje PENSAR  e vou falar o que eu quiser. Começando em ressaltar a tua ignorância, caveira de burro! Quero minha integridade e quero garantir a independência de espírito de minha filha!” , falou firme a mulher.
- “ Acaba aqui o reinado do macho e começa o direito de ter ideias e lutar por elas”, finalizou, deixando transparecer um semblante de vitória e alívio.
A menina sorriu.
O sogro continuou de braços cruzados...



Mauro Blumenthal Silka  -  18/SET/2012       

domingo, 21 de outubro de 2012

Como ensinar poesia na escola?


Poesia!  Ela está voltando com força renovada. Poesia é sinônimo de emoção estética.  É a força da palavra usada para mexer com o emocional humano.
Ela nos leva pelo mundo mágico da imaginação, dos jogos linguísticos, das ideias escritas com rima, com ritmo.

A poesia não é somente fruto do significado, mas também do significante.

E as figuras de estilo são importantíssimas para criar um texto interessante. Um texto que capture o leitor. Atualmente, as figuras de estilo são assunto de estudo em cursos de redação publicitária, de propaganda e de marketing. As figuras de estilo aumentam a expressividade, a emoção do texto.  E todos os poetas queremos escrever e ouvir textos que entusiasmem, com palavras que energizem as ideias.

Geralmente, consideramos três tipos de poemas: lírico, dramático e épico. O lírico possui ritmo e musicalidade e está relacionado à música. É devemos lembrar que as crianças gostam de música, de canto, de declamar poemas, de brincar com palavras e escrever poemas.

Por isso, as aulas de poesia para crianças devem ser lúdicas. Confesso que pensei muito nesse assunto ao escrever o livro "O grande poeta – figuras de estilo e poemas divertidos", publicado pela Matrix editora - http://www.matrixeditora.com.br/


O livro "O grande poeta" da Matrix editora é um livro que diverte enquanto ensina como escrever poemas.  As crianças vão aprendendo as figuras de estilo enquanto brincam com as palavras. Crianças gostam do jogo linguístico.   O aprendizado não pode ser rígido nem cansativo. Os alunos necessitam divertir-se, brincar  com palavras e ideias. Podemos dizer que as crianças gostam de poetizar.

Na realidade não ensinamos a escrever poesia, só orientamos. Cada criança terá uma reação diferente. O educador deve respeitar essas diferenças.

É  necessário fazer ênfase nos efeitos de sonoridade, de imagens, de movimento.  A finalidade das aulas de poesia para crianças é despertar o espírito poético. Estimular o gosto pela poesia. Não podemos esperar que todos sejam poetas, mas que apreciem ler poemas, declamar, escrever.

A poesia para crianças pode começar com "jogo de palavras". O educador coloca uma lista de palavras que rimem e solicita que os alunos criem poemas com essas palavras.

Outros estímulos também podem servir para criar poemas. Por exemplo: falar sobre a metáfora e solicitar aos alunos que escrevam metáforas.  Depois  elaborar o poema baseando-se em alguma metáfora. É preciso dar liberdade.

Alguns alunos farão poemas de pequenos de dois versos (dísticos) enquanto outros escreverão poemas longos. O professor deve estimular a produção poética e entender que alguns alunos terão mais capacidade criativa. O trabalho não é julgar os poemas, mas estimular a criação poética.

O livro "O grande poeta" que publiquei pela Matrix editora é um guia para que os pequenos possam entender essa arte maravilhosa, que é a arte poética.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Espanto (conto de Terezinha Maria Pagliarini)


          De repente a notícia através da mídia escrita, trazida pelo
professor da universidade que conhecia  o personagem central da
história.
            Ciro, ao ler seu nome no jornal e muito mais ao ler a
notícia de seu descredenciamento junto à instituição de ensino a que
pertencia, motivado por crime racista, tonteou e caiu. E mesmo naquela
posição releu a notícia enquanto seu pai e também professor da mesma
universidade apontava com o dedo para a notícia do jornal.
            Júlio, o irmão mais velho, mal podia crer que fosse
verdade o que estava escrito naquele jornal, e espantado dizia: "Você,
o exemplo da familia, o quase perfeito?"
            Espanto geral! E a familia surpresa, se indagava em meio
a geral consternação: como, como????

                                                     
Terezinha Maria Pagliarini

ARENA BRASILEIRA Conto de Viviane Flores Goldini

            Januária não reclamava das roupas tristes que lavava. Tão sujas, rotas, tantos buracos que pareciam os das goteiras de sua casa. Deu risada, pensou: Isso merecia um filme ou pelo menos uma risada. Pobre só sai na televisão triste, preso, fudido. Subiu o morro pra fazer a janta carregada de balde d’água. Os meninos ainda iam ter que caçar, marido foi pro mundo arranjar o ouro que todo tolo encontra embaixo da ponte.
            Outra vez arroz, feijão e farinha. Ai de quem reclamasse! Dos três, primeiro chegou o caçula Miguel, não deu uma palavra.
            Januária logo perguntou:
            – Qual foi a aprontação de hoje?
            – Nada, não.
            – Diz logo se sabe. Se mente, apanha, mas se fala a verdade, posso até remedia.
            – Foi moço, mãe, fotógrafo tirou foto minha, mas de roupa, diz que era pra pesquisa, de
Paulo e André também, pago nóis tudo certo, acho que Paulo e André tão lá ainda com ele.
            Januária saiu feito uma égua em disparada, corria, suava, seus pensamentos tinham a força de um coice e a velocidade do desespero.
            Chegou na mercearia onde Miguel disse que Paulo e André ficaram e lá estavam.
            Aparência de estrangeiro, mas era daqui mesmo o fotógrafo.
            Januária tenteou manter-se calma, mandou os guris pra casa, mas antes os fez devolver o dinheiro que o moço tinha dado...

Epílogo:
Januária na cadeia quebrou a máquina de fotógrafo. Os meninos ficaram soltos no morro, sendo tratados pelas comadres Januárias que nem ela.
Januária pensou: Tem máquina de pesquisa aqui!

VIVIANE FLORES GOLDONI publicou o livro: "Poesias bipolares", pela Imprensa Oficial do Estado do Paraná - Secretaria de Estado da Cultura.

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